Espaços públicos recuperados, praças e ruas revitalizadas e uma reordenação da paisagem urbana com menos poluição visual motivaram a Prefeitura de São Paulo a adequar também a identificação dos logradouros da cidade. Um detalhe sutil que faz muita diferença: complementa o acabamento de áreas restauradas e, principalmente, facilita a identificação das ruas tanto para quem circula de carro como para quem caminha por elas.

As novas placas de ruas já começaram a ser instaladas e podem ser vistas na Praça da Sé, que acabou de ser reaberta à população totalmente revitalizada. Serão substituídos inicialmente os conjuntos de identificação na região central, começando pelas praças da Sé e da República. Ao todo, nesta primeira etapa, devem ser trocadas aproximadamente 40 mil placas, no prazo estimado de um ano.

Os conjuntos incluem o poste de sustentação instalados nas esquinas, com duas placas indicativas. Na cidade, existem cerca de 200 mil placas de ruas, sendo 36 mil conjuntos e mais de 100 mil placas padrão. O novo padrão terá uma nova fonte tipográfica, denominada ClearView (visão clara, limpa, em inglês), consagrada por ser a de mais fácil leitura nas mais variadas situações de luminosidade e distância.

No chamado Centro Histórico, que inclui a Sé e a República, as placas são totalmente brancas com inscrições em preto, perfazendo um total de 1.100 conjuntos. Nas demais ruas, elas continuam com a cor azul anteriormente utilizada, com inscrição em branco, mas trazem uma faixa inferior colorida, identificando a região da cidade. As cores seguem o padrão usado atualmente pela São Paulo Transportes na identificação dos ônibus, oito diferentes, uma para cada região. Para o centro expandido, área limite do rodízio de veículos, as placas terão a tarja com cor cinza. Todas são revestidas por película reflexiva, que auxiliam na visualização.

A nova sinalização de ruas também se adapta ao projeto Cidade Limpa para redução da poluição visual: saem as placas dos anunciantes que exploravam a publicidade nesses locais. O espaço é exclusivamente destinado à informação, explica Luís Eduardo Brettas, gerente de paisagem urbana da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) de São Paulo.

As placas trazem além do nome inscrito na forma reduzida (apelido) com letras grandes, a identificação completa da rua, em letras menores, o Código de Endereçamento Postal (CEP), a numeração inicial e final dos imóveis de cada quadra e a distância em quilômetros de cada localidade em relação ao marco zero, na Praça da Sé. As ruas que ficam a menos de um quilômetro do centro não terão numeração e, a cada trecho de um quilômetro, a placa receberá numeração crescente, a partir de 1, como referencial de distância.

A substituição das placas está sob a coordenação da Emurb, responsável pela compra, pelo sistema de “pregão”, dos novos equipamentos. A troca dos conjuntos será feita mediante vistoria, considerando o estado de conservação das placas, priorizando aquelas que estiverem mais deterioradas. Na região central, serão substituídos todos os conjuntos, que estavam sem manutenção há 10 anos. As empresas que exploravam o espaço publicitário nos “postinhos” eram responsáveis pela manutenção das placas.

Uma cor em cada região

Noroeste: verde-claro
Norte: azul-escuro
Nordeste: amarelo
Leste: vermelho
Sudeste: verde-escuro
Sul: azul-claro
Sudoeste: vinho
Oeste: laranja