Piscinões de São Paulo podem conter até 5 milhões de m³ de águas pluviais

No total, os piscinões existentes na cidade de São Paulo suportam mais de 5 milhões de metros cúbicos de água. Outra ação importante para combater as enchentes é a ampliação das áreas verdes e permeáveis da cidade, principalmente às margens de córregos e rios.

A Prefeitura investe em novas obras e na manutenção do sistema de drenagem para evitar que as chuvas provoquem enchentes. No total, os piscinões existentes na cidade suportam mais de 5 milhões de metros cúbicos de água. A administração municipal priorizou intervenções nas bacias dos córregos Aricanduva e Pirajuçara e no Jardim Pantanal, pontos com problemas crônicos de drenagem. Nos últimos anos foram investidos mais de R$ 651 milhões em operações nestes locais.


O sistema de drenagem é formado por bocas de lobo, poços de visita, rios e córregos, galerias e ramais, piscinões e pôlderes. Para que ele funcione adequadamente, é necessário que esteja limpo. Por isso, a administração municipal investe na manutenção constante do sistema. Em 2012, até novembro, 743.346 limpezas foram feitas nas 400 mil bocas de lobo da cidade; os 57 mil poços de visita receberam 34.171 mil limpezas. O trabalho também foi realizado em 2.436,50 km de córregos e 895.297 metros de galerias e ramais. Foram retirados 268.547 m3 de entulho de dentro dos piscinões.


Outra ação importante para combater as enchentes é a ampliação das áreas verdes e permeáveis da cidade, principalmente às margens de córregos e rios. Em 2005 a cidade contava com 34 parques municipais, hoje são 90. Desses, 25 são parques lineares, distribuídos pelas quatro regiões da cidade. Implantados ao longo de cursos d’água, este tipo de parque protege as margens de córregos e afluentes, garantindo uma faixa mínima de arborização, e também evita a ocupação irregular.


Pirajuçara


Na região do Campo Limpo, zona sul da capital, foram entregues neste mês as obras de canalização de 1.620 metros do córrego Pirajuçara, sendo 1.420 metros entre a ponte da Estrada Velha de Itapecerica e a ponte da rua Timborana e outros 200 metros no afluente córrego Olaria. Com a intervenção, a largura do córrego Pirajuçara passou para 11 metros e o córrego Olaria ficou com 9,5 metros. Também foram construídos dois reservatórios de bombeamento, com capacidade de armazenar até 6.400 m3 de água. O valor total investido é de R$ 87,5 milhões.


O trecho inaugurado complementa a canalização realizada em 2006 de outros 1.100 metros entre a estrada do Campo Limpo e a rua Eliseu de Almeida, e o Piscinão Sharp, entregue em 2010, que tem capacidade de armazenar 500 mil m3 de água. Em novembro de 2010, foi concluída ainda a recuperação da galeria do córrego Pirajuçara ao longo da avenida Eliseu de Almeida, com obras estruturais nas paredes laterais, laje de cobertura e revestimento do fundo com peças prémoldadas de concreto armado.


Aricanduva


Na zona leste, a bacia do córrego Aricanduva recebeu R$ 180 milhões em investimentos. Foram realizados canalização, alargamento e aprofundamento da calha do córrego, no trecho de 4,5 km da rua dos Latinos até as proximidades da rua Amorim Vieira e avenida Ragueb Chohfi. Na sequência, foi alteado o pontilhão da avenida Dalila, aumentando a vazão no trecho. Ao longo do curso d’água foram instalados cinco pôlderes, que armazenam as águas do córrego durante as cheias, evitando transbordamentos ou refluxo nas galerias nas vias baixas. Assim que o nível do Aricanduva baixa, bombas são automaticamente acionadas e começam e devolver a água para o córrego. Juntos, os reservatórios são capazes de armazenar até 30.528,6 m3 de água.


Jardim Romano


Para proteger a área do Jardim Romano, na zona leste, contra o transbordamento do rio Tietê e evitar alagamentos, o bairro ganhou um pôlder, um dique e canal de escoamento. Em operação desde o início de 2011, o reservatório construído na r ua Capachos beneficia uma população de 3 mil a 5 mil famílias. O pôlder tem capacidade para 15 mil m3 de armazenamento e cinco bombas de drenagem.


O dique de 1.600 metros começa na rua Catulé com avenida das Pontes, seguindo paralelo ao córrego Três Pontes e ao rio Tietê pela rua Canacatagê e rua Francisco Cubas Ferreira, até cerca de 60 metros após o cruzamento com a rua Raimundo de Noronha. As águas são conduzidas por canaletas até o reservatório. O investimento para a realização das obras foi de R$ 35.939.043,25 pela Prefeitura de São Paulo e R$ 31.610.039,13 do Governo do Estado, por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).


Capacidade de armazenamento dos piscinões


A cidade de São Paulo conta com 20 piscinões que armazenam mais de 5 milhões de metros cúbicos de água


• ANHANGUERA: 100 MIL M³


• PACAEMBU: 74 MIL M³


• JABAQUARA: 360 MIL M³


• PEDRAS: 25 MIL M³


• BANANAL: 210 MIL M³


• GUARAÚ: 240 MIL M³


• RINCÃO: 304 MIL M³


• LIMOEIRO: 300 MIL M³


• ARICANDUVA I: 200 MIL M³


• ARICANDUVA II: 150 MIL M³


• ARICANDUVA III: 320 MIL M³


• ARICANDUVA V: 167 MIL M³


• CAGUAÇU: 310 MIL M³


• INHUMAS: 100 MIL M³


• CEDROLÂNDIA: 113 MIL M³


• JD. MARIA SAMPAIO: 120 MIL M³


• SHARP: 500 MIL M³


• PEDREIRA: 1,5 MILHÃO M³


• ORATÓRIO: 280 MIL M³


• PANTANAL: 15 MIL M³