Profissionais da rede socioassistencial têm capacitação para lidar com situações de violência doméstica

 



Foto: Wagner Origines/SMADS
Texto: Bruna Carvalho

A primeira sexta-feira do mês de junho (2) reuniu toda a rede socioassistencial de Cidade Ademar e Pedreira para participação no XIV Fórum de Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes na região.

O objetivo do encontro é sensibilizar os trabalhadores da rede para romper o pacto do silêncio em relação à violência doméstica. “A atuação da rede é vital. O trabalho é feito em conjunto por educadores, profissionais, usuários e famílias”, explicou Regina Lea Gebrim, supervisora regional de assistência social de Cidade Ademar.

Os participantes foram recebidos no CEU Alvarenga com café da manhã e exposição artística de materiais produzidos por beneficiários dos serviços. O fórum iniciou com a apresentação de um vídeo institucional, seguido de uma intervenção artística.

A mesa de palestrantes foi composta por Drª Arlete Salgueiro Scodelario, psicóloga do Centro de Referência às Vítimas de Violência (CNRVV), Drª Maria Silvia Gomes Sterman, juíza da Infância e Juventude de Santo Amaro, e Viviane Cristine de Sá Nunes, assistente social e gerente do SPVV Crê-Ser.

Ações para o combate à violência doméstica contra crianças e adolescentes no território já acontecem de forma organizada, por meio do projeto “Um Pedido de Atenção” e sob a Supervisão Técnica do CRAS Cidade Ademar I e II e Pedreira desde 2009.

Só neste ano já foram realizadas três grandes ações de mobilização no território e também já foram promovidas dezenas de encontros com famílias para orientação e sensibilização dos pais e cuidadores para educar sem violência.

Todos os equipamentos da região respondem um questionário mensal para controle e acompanhamento do número de casos de violência doméstica. De acordo com Elisangela Silva Paes, gerente no CCA Seara Bendita, o retorno da capacitação dos profissionais é percebido diariamente nas atividades realizadas.

Um alerta da juíza Drª Maria Silvia Gomes Sterman orienta o direcionamento da atenção dos profissionais para o comportamento dos jovens atendidos. ”A primeira coisa que devemos fazer diante uma situação de violência é olhar para essa criança e ouvi-la”, declarou.

SERVIÇO

Qualquer pessoa pode e deve denunciar casos de abuso e violência contra crianças e adolescentes. A denúncia pode ser feita pessoalmente em qualquer unidade do Conselho Tutelar ou de forma anônima por meio do disque 100.