Centro de acolhida realiza oficina para refletir a importância do dia da Consciência Negra

 

Foto: Divulgação
Texto: Juliana Liba


Para debater e compreender o processo histórico e refletir sobre a importância dos negros na formação social e cultural de nosso país, o Centro de Acolhida (CA) Barra Funda I realizou no mês de novembro uma oficina com 15 conviventes abordando o tema "Consciência Negra".

A atividade foi dividida em três encontros. No primeiro, realizaram pinturas e pesquisas de personalidades importantes no período de escravidão, abolição e luta por direitos da população negra, como o Zumbi dos Palmares, Dandara, André Rebouças, Luis Gama, Machado de Assis e Nelson Mandela.

O segundo encontro baseou-se na elaboração de painéis para exposição dos trabalhos realizados e customização de camisetas com frases positivas, como “mais respeito” e “mais justiça social”.

Para finalizar a oficina, sete dos 15 conviventes apresentaram a história de vida das personalidades importantes que escolheram. A apresentação final ocorreu no último dia 21, em assembleia para todos os 80 conviventes do CA Barra Funda I.


Foi com muita satisfação que Elton Leocadio da Silva, 30 anos, terminou a sua exposição. Ele falou da vida de Nelson Mandela, que é uma inspiração para o convivente. “Sou negro e passo por todas essas diferenças pela minha cor e vendo a história do Mandela eu tenho vontade de lutar também. Eu o admiro muito”, contou.

A assistente técnica Amanda Regina Cayres aplicou a oficina e contou que atividades como essa são importantes para propiciar um ambiente de discussão e reflexão. “Durante os encontros eles interagiram bastante e com a apresentação conseguimos atingir nossa demanda. Todos pararam para escutar o que os colegas tinham para repassar e assim refletir”, completou.

Essa atividade fez com que Antônio de Assis Guilherme, 52 anos, aprofundasse o seu conhecimento. Ele realizou uma pesquisa mais extensa sobre a escravidão e contou como isso foi importante.

“Isso aumentou meu interesse em compreender melhor a nossa sociedade e acredito que, com essa percepção, nós podemos viver em um mundo mais justo para todas as classes”, explicou.