Instituto Gabi promove integração social por meio da educação física

Foto: Wagner Origenes/SMADS
Por Juliana Liba


Quem vê os sorrisos das crianças e jovens com deficiência intelectual do Instituto Gabi, organização conveniada à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, se derrete de amor. Foi com esse carinho que eles receberam os colegas de seis a 14 anos do Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) Jabaquara durante uma aula de educação física na última quarta-feira (9).

A atividade é parte do projeto financiado pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD), que tem a iniciativa de trabalhar o físico e o emocional por meio da psicomotricidade e dos jogos cooperativos, além da interação com a comunidade.

Em qualquer canto da instituição ouvia-se a gritaria da criançada que estava animada para jogar vôlei. Mas antes de iniciarem a aula, eles precisaram ouvir o professor de educação física, Leandro Ferreira de Souza.

“Essa conversa é necessária para que entendam como agir e se aproximar dos nossos conviventes. Também fazemos atividades adaptadas para assimilarem essa realidade, como o vôlei para deficientes visuais”, explicou Leandro.

No início, a timidez foi inevitável, mas Gregore Alves de Jesus, 14 anos, que tem deficiência intelectual, logo começou a se divertir com os 16 alunos do CCA Jabaquara. Ele, o mais alto do time, esbanjava alegria. “Eu gosto muito desses dias. Fazer atividade física é muito legal”, contou.

O projeto, que iniciou em março, acontece toda semana. São através de circuitos com cones, bambolês, colchonetes e cama elástica que as crianças do Instituto Gabi trabalham a lateralidade, o equilíbrio, a percepção de espaço, a coordenação motora e raciocínio para realizarem as atividades diárias com melhor empenho.

Segundo o professor, “o objetivo primordial é cuidar da vida de forma saudável e, com isso, agregar outros conceitos e aprendizados”. Além disso, ele explica que não adianta impor, já que cada um tem seu tempo e é preciso respeitá-lo.

As atividades têm gerado resultado positivo e é com muita satisfação que a gerente do serviço, Jucymara Meira Mascarenhas da Luz, conta que esse projeto é importante por proporcionar autoestima e fazer com que eles sintam-se capazes.

“É muito gratificante quando eles vêm correndo contar com emoção que conseguiram superar alguma dificuldade durante a aula”, completou Jucymara.

Sobre o Instituto Gabi


Depois de perderem sua filha, Gabriele, o jornalista Francisco Sogari e a pedagoga Iracema Barreto Sogari decidiram transformar a dor em amor ao próximo. Criaram, então, em 2001, o Instituto Gabi e a partir de agosto de 2003 tornou-se conveniada à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

A instituição, com a missão de promover as competências e habilidades das pessoas com deficiência intelectual, visando sua inclusão social, atende cerca de 70 crianças, adolescentes e jovens de seis a 18 anos.