Foto: Wagner Origenes
Texto: Marcos Gabriel

A República Jovem Lapa, Centro de Acolhida Especial para Jovens de 18 a 21 anos, surgiu em 2008, e desde então agrupa sonhos e sorrisos juvenis.

A instituição é dividida entre república masculina e feminina, onde cada uma tem a capacidade de abrigar seis pessoas. Atualmente, há cinco jovens em cada.

‘’A proposta da república é garantir um local de moradia para esses jovens que estão em vulnerabilidade ou risco pessoal, além de garantir objetivos de vida para cada um deles e proporcionar autonomia e empoderamento’’, diz Rafael Cruz, gerente do serviço.

O ambiente, descontraído e organizado, é sinal de que ali habitam jovens sonhos, cada um deles cheio de luta, determinação, fé e dedicação.

Além disso, os jovens inseridos no serviço não precisam se preocupar com os gastos, pois a República Jovem Lapa garante luz, telefone, internet e refeições diárias.

Barbara Calixto Dos Santos tem somente 20 anos, mas seu sorriso sincero e o brilho nos olhos já entregam o sonho que carrega dentro de si. ‘’Eu morei no abrigo Campo Limpo e sai de lá com 18 anos. Não conhecia a República Jovem Lapa e tive conhecimento pelo Instituto Fazendo História, onde trabalhei por um tempo’’, contou. Ela conseguiu sua vaga na república enquanto ainda cursava o último ano do ensino médio.

Hoje, Bárbara já sabe o que quer da vida. Deseja fazer faculdade em uma área em que é apaixonada. ‘’Eu quero entrar para a faculdade de artes visuais. Vou tentar e me dedicar ao máximo para conseguir entrar em alguma pública ou federal", detalha.

A jovem já fez o Curso de Direção de Arte, proporcionado pelo Instituto Criar. ‘’Lá eu fazia documentários, curtas. Hoje eu quero pegar meu DRT e futuramente entrar em alguma produtora, onde eu possa finalmente trabalhar com moda, cabelo, figurino. Eu amo a arte em geral e é isso que eu quero fazer’’.

Hely da Cruz, 19 anos, é um dos moradores da república masculina. Ele, que possui deficiência física nas pernas, vivia em um abrigo no Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICA), onde conheceu a República Jovem e conseguiu a vaga.

‘’A minha rotina aqui é tranquila. De manhã eu faço as coisas da casa, na parte da tarde eu trabalho em um mercado próximo daqui como operador de caixa’’.
Os sonhos de Hely também não ficam pra trás. ‘’Eu quero fazer faculdade de administração ou engenharia da computação e ter a minha autonomia, seguir o meu caminho’’, conclui.

Outras repúblicas

Além da República Jovem Lapa, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social também mantém convênio nas seguintes regiões: República Jovem Ermelino Matarazzo, República Jovem Casa Verde e República Jovem Aricanduva. Cada uma dessas repúblicas tem capacidade para abrigar no total doze pessoas, sendo seis do sexo masculino e seis do sexo feminino.