Foto: Wagner Nunes/SMADS
Por Juliana Liba

Na última sexta-feira (7), o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua Vila Maria (Centro POP) proporcionou muita alegria com a festa julina do Complexo Zaki Narchi.

Foi uma celebração que uniu, pela primeira vez, os quatro serviços: Centros de Acolhida Zaki I, II, III e o Núcleo de Proteção Jurídico Social e Apoio Psicológico (NPJ). A integração dos quase mil homens que se encontram acolhidos aconteceu por meio de muita música e comida boa.

Os participantes puderam usufruir de várias barracas como cachorro-quente, pipoca, milho, caldo quente, bolos, pamonhas, pé de moleque e paçocas, refrigerante, quentão e vinho quente (sem álcool).

A comemoração contou também com atrações musicais, como o Grupo Nova Amizade, Naldo Coração, Grupo Dependente do Samba, Cristiano Batista, este último acolhido do Zaki III, além de uma peça realizada pelo Grupo Valéria, que debateu o preconceito sofrido pelas transexuais.

O convivente do Zack I, Pedro Silva, acolhido há cinco meses, se diz muito feliz com a realização da festa julina. “Essas festas são legais porque aumentam a nossa autoestima”, contou.

O evento, que durou cerca de seis horas, reuniu muita animação e sorrisos de quem participou. Foi só ver uma brincadeira, como a boca do palhaço, e o pandeiro começar a tocar que muitos conviventes começaram a se divertir.

Segundo o coordenador do Centro POP Vila Maria, Luiz Henrique Rodrigues, a missão do Complexo Zaki Narchi também é oferecer cultura e entretenimento, que possibilitem a política de redução de danos e o respeito aos processos de retomada da vida.

“A cultura como expressão da construção humana ajuda na formação de identidades, levando a reflexão e tornando-os cidadãos mais sensíveis e conscientes de seu papel na sociedade. O evento com teatro e música se mostrou um forte lenitivo para os corações e mentes desses homens que se encontram acolhidos no Complexo Zaki Narchi”, declarou Luiz Henrique.