A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Soninha Francine, compareceu à primeira reunião ordinária de 2017 do Conselho Municipal de Assistência Social de São Paulo (COMAS) na tarde desta terça-feira (31/1), na sede da entidade.
Aos conselheiros e demais presentes, Soninha deu alguns detalhes dos projetos encabeçados pela Secretaria para os primeiros meses de gestão, como a reconfiguração dos Centros de Acolhida no modelo que está sendo chamado de Espaço Vida.
“Esses equipamentos terão melhores acomodações das que já existem hoje, do ponto de vista da ambientação e organização interna, e além das oficinas e demais atividades oferecidas hoje, terão capacitação e trabalho no Espaço. As atividades de formação estarão conectadas ao funcionamento do próprio Espaço, como treinamento em hotelaria, gastronomia, jardinagem e agricultura urbana, evoluindo para prestação de serviços para outros órgãos da própria Prefeitura e para a população de modo geral”.
Já a longo prazo, a secretária disse que a ideia é aumentar o número de vagas em Repúblicas, mapeando os imóveis disponíveis para aluguel com mais agilidade e inteligência, conforme a demanda e os pontos de interesse, e aperfeiçoar o modelo de Auxílio Aluguel/Aluguel Social.
Outra ação urgente da Secretaria é melhorar a regulação da oferta de vagas nos serviços existentes e humanizar o atendimento nos Centros de Acolhida. “Para melhor gestão pela CAPE e real conhecimento do número de vagas ocupadas e das disponíveis, é preciso que em todos os Centros as vagas sejam fixas”.
Para Soninha, é preciso acabar com as vagas chamadas “rotativas”. “Não tem cabimento a pessoa ficar na fila esperando uma vaga para um pernoite sem ter a certeza de que conseguirá, enquanto camas ficam vazias à espera de uma eventual emergência. É preciso quer existam equipamentos públicos prontos para emergências”, disse.
Trabalho Novo
Soninha deu detalhes do projeto Trabalho Novo: “Vai existir um cuidado maior com as pessoas encaminhadas para as vagas de emprego oferecidas pelas empresas à Prefeitura. Vamos oferecer formação diferenciada para a população de rua, abordando aspectos psicoemocionais e de relacionamento, ao mesmo tempo em que oferecemos capacitação ao RH das empresas contratantes, que devem saber lidar com esse público e suas especificidades. Vamos acompanhar cada passo do processo, desde a captação até depois da contratação, compartilhando com as empresas os desafios dessa iniciativa”.
Para atender todas as demandas de curto e longo prazo, Soninha sabe que é preciso de mais recursos humanos. “O concurso de assistentes sociais será prorrogado. Enquanto não há o necessário aumento do quadro, consultaremos os CRAS e CREAS para que nos informem de suas necessidades materiais para que possamos, com recursos próprios ou por meio de doações, suprir a demanda. Existe, por exemplo, uma proposta de parceria com a Receita Federal no sentido de recebermos mercadorias apreendidas”.